Teorema de amar

No egoísmo do meu medo esqueci de perguntar,
ou melhor,
de me perguntar...
ou simplesmente notar,
que pra mim,
ansioso por amar de novo,
me entregar...
assim por inteiro,
sem medo e até mesmo sem pensar,
a pressa é natural.
Algo tal qual,
terei que simplesmente aprender a conviver.

Claro que se possível superar,
pra não deixar esse momento escapar.
Momento de conhecer melhor,
do gostar e sentir.
Sentir teus abraços,
me entregar a você e somente você.
Sentir teu calor, teu furor...
Te sentir por dentro e por fora,
te amar por amor.

Provar do tempero que só você sabe fazer
nos momentos mas íntimos,
que as vezes somente seu,
de olhos fechados lembrando de nós dois.
As vezes se tornando nosso ao toque de nossos corpos,
produzindo novas e eternas lembranças.

Talvez devesse fechar os olhos
e apenas deixar fluir como nosso gozo,
como se não existisse responsabilidades
e sem ao mesmo tempo esquece-las.

Nesse orgasmo de pensamentos,
sentimentos fluem sem parar,
Me dando prazer,
de pensar, de criar, de escrever.

Não tento fazer poesia,
as rimas são coincidência...
como a falta de decência.
Só escrevo pra me expressar,
sem somar os versos,
sem tirar ou adicionar.
E onde as rimas me irritam,
me ponho somente a escrever.
Talvez num ritmo que me de algo pra te mostrar.

Mas mudando de assunto,
o que eu queria desde o inicio,
era dizer que eu me lembro do seu tempo,
que eu entendo.
Por que pra mim é só um vício,
mas pra você que é nova nisso,
isso mesmo, deixa rolar...

E quando você for fera nisso,
não se esqueça de me ensinar,
essa matéria, a mais difícil,
o teorema de amar.